Ensino de Ciências e Biologia em Foco - Vol.3

Esta obra reúne uma coletânea de estudos inovadores que exploram diversas abordagens e estratégias no campo do ensino de Ciências e Biologia, com foco na formação docente, inclusão, conscientização ambiental e metodologias ativas. A seguir, destacamos os capítulos que compõem esta obra, os quais apresentam contribuições significativas para a área educacional.

O Capítulo 1, O Desenvolvimento profissional do professor de Ciências Naturais na perspectiva da formação, aborda o desenvolvimento profissional dos professores de Ciências da rede municipal de Codó-MA no contexto da formação (inicial e continuada). No qual apresenta o perfil dos professores de Ciências da rede municipal de ensino de Codó-MA, caracteriza e analisa o processo formativo inicial e continuado desses professores.

O Capítulo 2, Estágio supervisionado do curso de licenciatura em Ciências Biológicas numa perspectiva da educação inclusiva, analisa a colaboração dos estágios supervisionados obrigatórios do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFPI-Campus São João do Piauí para a formação docente numa perspectiva inclusiva, a partir da releitura dos relatórios de estágios supervisionados obrigatórios realizados ao longo da graduação em Ciências Biológicas do IFPI-Campus São João do Piauí (2022-2023).

O Capítulo 3, Contribuições da residência pedagógica no modelo híbrido para a formação docente em Biologia, aborda o Programa Residência Pedagógica (PRP), implementado desde 2018 no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Piauí. Constituindo uma iniciativa voltada a proporcionar experiências docentes aprofundadas aos acadêmicos, expandindo a formação para além dos estágios tradicionais, as autoras fazem uma análise comparativa dos modelos presencial e remoto do PRP, correspondentes aos Editais Capes Nº 6/2018 e Nº 01/2020, evidenciando assim o impacto dessa abordagem na formação de futuros professores de Biologia.

Em seguida, o Capítulo 4, Educar para sentir e agir: ecoansiedade como tema de ensino, faz uma análise da ecoansiedade relacionada às mudanças climáticas, temas que têm concentrado o interesse de numerosas pesquisas globais. Ainda carente de um conceito unificado, a ecoansiedade é frequentemente caracterizada por sentimentos de preocupação, medo e angústia perante o futuro em meio à crise climática. Nesta investigação, objetiva-se contextualizar a ecoansiedade com a Educação Ambiental Crítica (EAC), considerando a imperativa necessidade de discutir esse tema no âmbito escolar, promovendo uma reflexão sobre as implicações emocionais e educativas das questões ambientais contemporâneas.

No Capítulo 5, O uso da abordagem ativa aliada a aprendizagem cooperativa no ensino de ciências, focaliza a análise dos impactos da utilização de metodologia ativa aliada à aprendizagem cooperativa no ensino de Ciências, com alunos do Ensino Fundamental II, tendo como foco o desenvolvimento cognitivo e social. A investigação foi conduzida no âmbito do Programa de Residência Pedagógica (PRP), em uma escola pública de Teresina-PI, adotando-se uma abordagem qualitativa estruturada em quatro etapas, a fim de demonstrar a eficácia dessa estratégia no contexto educacional.

Capítulo 6, Os desafios enfrentados por professores de ciências no contexto da realização de atividades experimentais, investiga os desafios enfrentados por professores da rede pública de Codó-MA na utilização de atividades experimentais como metodologia pedagógica no ensino de Ciências nos anos finais do Ensino Fundamental. Para isso, realizou-se entrevistas semiestruturadas com seis docentes, analisadas mediante a técnica de Análise de Conteúdo (Bardin, 2016).

Capítulo 7, Aulas práticas em laboratório como estratégia didática no ensino de Biologia, analisa a aprendizagem de alunos do Ensino Médio a partir de uma aula prática de Biologia em laboratório, com foco na importância dos glóbulos brancos na composição e funções das células sanguíneas.

Já o Capítulo 8, Mundo celular: uma proposta de jogo didático para o ensino de citologia, explora a Biologia Celular, área que investiga as células, organelas e suas funções, permitindo a compreensão dos diversos tipos de organismos vivos, funcionamento e inter-relações. Assim, o jogo lúdico “Mundo Celular” contempla aspectos da Biologia Celular, abrangendo células, características, estruturas e organelas, configurando-se como um potencial instrumento facilitador do processo de ensino-aprendizagem.

Capítulo 9, Recursos didáticos e aprendizagem ativa: uma ação de educação ambiental em uma comunidade Campesina, apresenta uma experiência de intervenção socioambiental realizada na comunidade rural Divinópolis, no município de União (PI), Brasil, com foco na educação ambiental de espaços públicos. O objetivo principal foi sensibilizar moradores e estudantes sobre o descarte adequado de resíduos sólidos, por meio da implantação de lixeiras na praça comunitária e da realização de ações educativas com alunos de uma escola do campo. A metodologia envolveu rodas de conversa, dinâmicas educativas e produção de lixeiras com materiais recicláveis, associando teoria e prática em um processo formativo participativo.

O Capítulo 10, Sala de aula invertida de ciências: uma proposta de sequência didática para a melhoria do ensino inclusivo de ciências, examina a educação para pessoas com deficiência (PCD), historicamente marcada por práticas excludentes, mas que passou a ganhar respaldo legal a partir da Constituição Federal de 1988 e leis subsequentes. Diante disso, este estudo propõe a criação de uma sequência didática com abordagem de Sala de Aula Invertida (SAI), voltada ao ensino de Ciências no Ensino Fundamental II, com o objetivo de incentivar o protagonismo e a interação entre os estudantes com e sem necessidades especiais.

Capítulo 11, Abordagem dos domínios fitogeográficos cerrado e caatinga nos livros didáticos do Ensino Fundamental II, avalia a abordagem dos domínios fitogeográficos do Cerrado e da Caatinga, nos livros didáticos do ensino fundamental adotados pela rede pública de ensino e utilizados nas Escolas de Ensino Fundamental, localizada no município de Teresina-PI. Através de uma abordagem qualitativa, foi realizada uma análise documental, em que foram analisados dez livros didáticos. Foram estabelecidas cinco categorias de análise, sendo elas: Área, Localização, Solo, Vegetação, Biodiversidade e Clima.

No Capítulo 12, Produção de exsicatas da flora de uma escola pública de Teresina-PI: alternativa para a mitigação da impercepção botânica, aborda-se a problemática da Impercepção Botânica, caracterizada pela dificuldade de perceber e valorizar as plantas no cotidiano. Diante disso, este trabalho propôs a produção de exsicatas como uma estratégia pedagógica diferenciada, aplicada com alunos do 7º ano do Ensino Fundamental, demonstrando resultados positivos na percepção dos alunos sobre a importância das plantas.

Capítulo 13, Desconstrução da impercepção botânica: concepção do saber botânico de alunos do ensino médio, avalia o grau dessa impercepção em alunos do ensino médio e contribuir para sua minimização, despertando nos alunos um interesse maior pelas plantas. Dessa forma, para a obtenção dos dados, inicialmente foi preparado um questionário a fim de compreender o que os alunos entediam sobre botânica.

Por fim, o Capítulo 14, Racismo ambiental: uma estratégia de conscientização no ensino fundamental, discute o racismo ambiental dentro da perspectiva da Educação Ambiental Crítica (EAC), visando vincular o ensino de ciências com questões sociais e ambientais para conscientizar os alunos sobre o Racismo Ambiental (RA). O objetivo é facilitar a compreensão e assimilação do conceito de RA e instigar o senso crítico dos alunos por meio do uso de uma sequência didática.

Dessa forma, os capítulos apresentados nesta obra oferecem contribuições relevantes para o campo do ensino de Ciências, destacando abordagens inovadoras e estratégias pedagógicas que buscam promover uma educação mais inclusiva, crítica e contextualizada às questões socioambientais contemporâneas.

Francisca Carla Silva de Oliveira

Neyla Cristiane Rodrigues de Oliveira